Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras e falta de ar.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

YULE - Solstício de inverno




A palavra solstício vem do latim; (Sol), e sistere (que não se move). O solstício de inverno ocorre quando o Sol atinge a maior distância angular em relação ao plano que passa pela linha do equador. Embora sua data não seja a mesma em todos os anos, pode-se dizer que ocorre normalmente por volta do dia 22 de Dezembro no hemisfério norte e 21 de Junho no hemisfério sul. Esse momento não é fixo no calendário gregoriano em função do ano tropical da Terra não ser um múltiplo exato de dias.
Na China o solstício de inverno é uma data de extrema importância, até com celebração. Esta data tinha grande importância para diversas culturas antigas que geralmente realizavam celebrações e festivais ligados às suas religiões. No calendário chinês, o solstício de inverno chama-se dong zhi (em português: chegada do inverno) e é considerada uma data de extrema importância, visto ser aí festejada a passagem de ano. Entre os romanos os festivais eram muito populares. O período marcava a Saturnália, em homenagem ao deus Saturno (Apollo para os gregos). O deus persa Mitra, também cultuado por muitos romanos, teria nascido durante o solstício. Divindades ligadas ao Sol em geral eram celebradas no solstício também.
O solstício de inverno visto da Lawrence Hall of Science na Universidade da Califórnia.Com a introdução do cristianismo no Império Romano houve, por parte da Igreja Católica, uma tentativa de cristianizar os festivais "pagãos". Há indícios de que a data de 25 de Dezembro foi escolhida para representar o nascimento de Jesus Cristo já no século IV. Há evidência bíblica de que Jesus não teria nascido durante o inverno, pois, no momento do nascimento, pastores estavam cuidando de seus rebanhos nas vigílias da noite, e o período do solstício, visto como o renascimento do Sol carrega forte representatividade. Além disso, conseguiu aproveitar a popularidade das festividades da época. Hoje esta data é revivida na celebração do Sabbat Neopagão Yule. Que revive algumas antigas tradições religiosas dos povos europeus pré-cristãos.
Os povos da Europa pré-cristã, chamados pelos católicos de pagãos, tinham grande ligação com esta data. Segundo alguns, monumentos como Stonehenge era construído de forma a estarem orientados para o pôr do sol do solstício de inverno e nascer do sol no solstício de verão.

Também conhecido como Natal, Ritual de Inverno, Meio do Inverno, Yule e Alban Arthan, o Sabbat do Solstício do Inverno é a noite mais longa do ano, marcando a época em que os dias começam a crescer, e as horas de escuridão a diminuir. é o festival do renascimento do sol e o tempo de glorificar o Deus. (O aspecto do Deus invocado nesse Sabbat por certas tradições wiccanas é Frey, o deus escandinavo da fertilidade, deidade associada à paz e à prosperidade.) São também celebrados o amor, a união da família e as realizações do ano que passou.
Nesse Sabbat os Bruxos dão adeus à Grande Mãe e bendizem o Deus renascido que governa a "metade escura do ano". Nos tempos antigos, o Solstício do Inverno correspondia à Saturnália romana (17 a 24 de dezembro), a ritos de fertilidade pagãos e a vários ritos de adoração ao sol.
Os costumes modernos que estão associados ao dia cristão do Natal, como a decoração da árvore, o ato de pendurar o visco e o azevinho, queimar a acha de Natal, são belos costumes pagãos que datam da era pré-cristã. (O Natal, que acontece alguns dias após o Solstício de Inverno e que celebra o nascimento espiritual de Jesus Cristo, é realmente a versão cristianizada da antiga festa pagã da época do Natal.)
A queima da acha de Natal originou-se do antigo costume da fogueira de Natal que era acesa para dar vida e poder ao sol, que, pensava-se, renascia no Solstício do Inverno. Tempos mais tarde, o costume da fogueira ao ar livre foi substituído pela queima dentro de casa de uma acha e por longas velas vermelhas gravadas com esculturas de motivos solares e outros símbolos mágicos. Como o carvalho era considerado a árvore Cósmica da Vida pelos antigos druidas, a acha de Natal é tradicionalmente de carvalho. Algumas tradições wiccanas usam a acha de pinheiro para simbolizar os deuses agonizantes Attis, Dionísio ou Woden. Antigamente as cinzas da acha de Natal eram misturadas à ração das vacas, para auxiliar numa reprodução simbólica, e eram espargidas sobre os campos para assegurar uma nova vida e uma Primavera fértil.
Pendurar visco sobre a porta é uma das tradições favoritas do Natal, repleta de simbolismo pagão, e outro exemplo de como o Cristianismo moderno adaptou vários dos costumes antigos da Religião Antiga dos pagãos. O visco era considerado extremamente mágico pelos druidas, que o chamavam de "árvore Dourada". Eles acreditavam que ela possuía grandes poderes curadores e concedia aos mortais o acesso ao Submundo. Houve um tempo em que se pensava que a planta viva, que é na verdade um arbusto parasita com folhas coriáceas sempre verdes e frutos brancos revestidos de cera, era a genitália do grande deus Zeus, cuja árvore sagrada é o carvalho. O significado fálico do visco originou-se da idéia de que seus frutos brancos eram gotas do sêmen divino do Deus em contraste com os frutos vermelhos do azevinho, iguais ao sangue menstrual sagrado da Deusa. A essência doadora de vida que o visco sugere fornece uma substância divina simbólica e um sentido de imortalidade para aqueles que o seguram na época do Natal. Nos tempos antigos, as orgias de êxtase sexual acompanhavam freqüentemente os ritos do deus-carvalho; hoje, contudo, o costume de beijar sob o visco é tudo o que restou desse rito.
A tradição relativamente moderna de decorar árvores de Natal é costume que se desenvolveu dos bosques de pinheiro associados à Grande Deusa Mãe. As luzes e os enfeites pendurados na árvore como decoração são, na verdade, símbolos do sol, da lua e das estrelas, como aparecem na árvore Cósmica da Vida. Representam também as almas que já partiram e que são lembradas no final do ano. Os presentes sagrados (que evoluíram para os atuais presentes de Natal) eram também pendurados na árvore como oferendas a várias deidades, como Attis e Dionísio.
Outro exemplo das raízes pagãs das festas de Natal está na moderna personificação do espírito do Natal, conhecido como Santa Claus (o Papai Noel) que foi, em determinada época, o deus pagão do Natal. Para os escandinavos, ele já foi conhecido como o "Cristo na Roda", um antigo título nórdico para o Deus Sol, que renascia na época do Solstício de Inverno.
Colocar bolos nos galhos das macieiras mais velhas do pomar e derramar sidra como uma libação consistiam num antigo costume pagão da época do Natal praticado na Inglaterra e conhecido como "beber à saúde das árvores do pomar". Diz-se que a cidra era um substituto do sangue humano ou animal oferecido nos tempos primitivos como parte de um rito de fertilidade do Solstício do Inverno. Após oferecer um brinde à mais saudável das macieiras e agradecer a ela por produzir frutos, os fazendeiros ordenavam às árvores que continuassem a produzir abundantemente.

Ritual de Yule

Uma tradição originada no Reino Unido ( e mais tarde largamente difundida pela Europa) era praticada nos tempos antigos : "a Tora de Yule", um tronco de carvalho ou freixo era cortado e decorado com ramos verdes e cones de pinheiro, eles eram queimados na lareira para  simbolizar o retorno do Sol.
Um porção da "Tora" era guardada para  iluminar os anos seguintes de Yule, permitindo que a casa permanecesse aquecida durante  todo o ano. Alguns diziam que a "Tora" não só iluminaria como espantaria a má sorte e as assombrações.
Os pagãos modernos criaram um  modo mais atual de celebração em substituição à  antiga "Tora de Yule".
Se constitui num pequeno tronco que é usado como base pra apoiar 3 velas...Proceda da seguinte maneira: Descubra um pequeno galho de carvalho, freixo ou pinheiro e achate um dos lados. escave  3 buracos para por  uma vela vermelha, verde e branca (representando o  Inverno), verde, dourada e preta (o Deus Sol), ou branca, vermelha e preta (a Grande Deusa).

Decore com folhagens verdes (azevinho ou hera)  com suas favoritas, arcos vermelhos e dourados, botões de rosa, cravo e polvilhe com farinha branca. Esta Tora poderá então ser queimada, ou guardada para ser reutilizada no ano seguinte, redecorada com ramos  frescos. 
Tire da árvore  apenas o necessário pra fazer a "Tora", e que seja pedida permissão á árvore e um presente seja oferecido a ela em troca(os celtas  por vezes ofereciam leite).

Ritual Sugerido
Tome um banho ritual e limpe o local da maneira habitual (varra com a vassoura ritual e passe pano molhado com desinfetante na área).
Lance o círculo da maneira habitual, invoque suas Deusas e Deuses pessoais. Então pegue a vela do Deus usada  no Samhain, de frente pro altar diga:"como esta vela representa o Senhor do Sol, sua morte e seu renascimento esta vela iluminará o seu retorno."Apanhe uma vela no altar e ilumine  a vela do Deus.

 Levando a vela do altar com você, circunde o  altar  movendo-se em volta da "Tora de Yule". acenda a vela dizendo:"Abençoda seja a Deusa em seu aspecto de Donzela, pura e jovem.

 Possa todo o mundo  renascer jovem como ela de novo"Acenda a segunda vela dizendo:"Abençoada seja a Deusa no aspecto de Mãe, amável e forte. Possam todos que vem do  útero Dela sejam fortes e frutifiquem"Acenda a terceira vela dizendo:"Abençoada seja a deusa no seu aspecto de Anciã, poderosa e sábia. Guardiã da Magia e da Roda Vital.
"Volte-se agora a Tora de Yule que foi acesa, ponha a vela no altar neste local. Volte de frente pro altar e de pé  com a face voltada pra Leste, fale estas palavras:
"Nesta noite o Senhor do Sol é renascido, a Deusa e o Deus estão reunidos.

Como o Sol retorna  e faz a roda do ano girar mais uma vez, nós  honramos a Deusa eo Deus e o recém-nascido Deus, nosso Mãe e Pai."
Agora é tempo  de algumas atividades sazonais que você tenha planejado para esta noite, Magia não é realmente apropriada, faça  uma mentalização pela Paz, Harmonia, Amor e  aumento da Felicidade. 
Outras atividades podem ser incluidas, tais como   cantos, decoração da àrvore de Yule. Ao acabar celebre com bolos e ceveja, então encerre o Círculo da forma habitual...
Extraido do site "Silver Wolf"s Lair"Tradução Deolinda...



Bolo tronco

Ingredientes:
1,5 kg de trigo
200 gr de ameixa
100 gr de uva passa escura sem caroço
200 gr de frutas cristalizadas
1 colher de sopa de erva doce
1 colher de chá de noz moscada ralada
2 colheres de fermento biológico instantâneo.
1 pau de canela
3 cravos
1 litro e uma xícara de leite
1 xícara de manteiga
3 xícaras de açúcar
1 ovo
4 colheres de chocolate em pó para culinária
4 colheres de achocolatado.

Preparação:
Ferva o leite com a noz moscada, erva doce, cravo e canela. Espere amornar, coe, misture o açúcar, duas xícaras de trigo e espere dobrar de tamanho.
Enquanto isso, deixe a uva passa e a ameixa de molho em água. Quando estiverem macias, esprema bem e bata no liquidificador, fazendo um purê.
Quanto a esponja dobrar de tamanho, acrescente o ovo, a manteiga, as frutas cristalizadas e o restante do trigo. Amasse até dar ponto de pão, e deixe crescer até dobrar de tamanho. Depois sove, e estenda a massa sobre uma superfície enfarinhada. Recheie com o purê e enrole como um rocambole. Tome o cuidado de fechar bem as bordas, para que não vaze o recheio.  Deixe crescer 20 minutos, e coloque em forno quente. Asse até dourar.
Enquanto o pão assa, faça a calda de chocolate de cobertura. Coloque numa panela de fundo grosso uma xícara de leite e o chocolate, e mexa em fogo baixo até dar ponto de brigadeiro mole. Cubra o pão ainda quente com esta calda.

Vinho quente de Yule:

Ingredientes:
- 1 litro de vinho doce
- uma colher de sopa de alecrim seco
- dois paus de canela
- uma colher de sopa de gengibre picado fino
- meia colher de sopa de pimenta-rosa

Modo de preparar
Juntar todos os ingredientes e ferver por cinco minutos. Se desejar mais doce, ou o vinho for seco, acrescentar açúcar a gosto.

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